29.4.11

"em paz eu digo que eu sou o antigo do que vai adiante..."

Hmm. Só sei que me senti esquisita hoje.
Aquela atmosfera estranha que tava me sufocando sumiu... Comecei a semana com tanto stress que não foi aliviado no feriado... E o tempo passou, ele sumiu.
Deve ser porque a fisioterapia terminou, ou porque o frio chegou, ou por causa dos constantes arrepios que me lembram que eu ainda sou um ser humano com sentimentos.
Ou deve ser essa overdose de cacau. Cacau de chocolate de verdade, dessa vez. Essa overdose até que é boa, tinha esquecido...
Mas na verdade acho que é porque não tive muitas entregas muito importantes, só uma prova na segunda feira, que nem tá contando... (E acabei de ver prova + gabarito... ao que me parece, não fui NADA mal. Sem ironias)
Não sei... Não sei mais...
E fiquei o dia inteiro correndo atrás do seminário... Que, no fim, deu mais certo do que eu esperava... E a chuva... E nem ouvi muita música hoje...
Acho bonito isso... Ser feliz, sabe... É tão novo pra mim, tão diferente de tudo o que eu conhecia na vida... Não posso reclamar de nada na minha vida, de verdade, é que antes eu só não tinha consciência de como eu era feliz.
Eu era feliz e não sabia. Bem isso mesmo.
Mas agora eu sei.

Aí eu fico me lembrando das coisas boas da vida, sabe... As pessoas, os lugares, os momentos... Os momentos com pessoas em lugares. Os momentos em lugares. Os momentos com pessoas. As pessoas nos seus devidos lugares...
Aí quanto mais os minutos passam, mais eu olho pra trás e fico feliz de não me prender mais ao passado como eu me prendia. E fico feliz por coisas boas terem acontecido, e por ter aprendido com coisas ruins.
E posso dizer que aprendi bastante... Abril foi um mês que me ensinou lições importantes a partir de pendências emocionais... E tão além disso, também...

E nada disso parece me levar à queixa inicial do post. Engraçado como eu saio de um assunto meio ruim e fico falando de coisas boas. Tão estranho, considerando anos e anos de pessimismo, melancolia, nostalgia e pouca fé.

Mas sim, me senti esquisita hoje.
Por uma fração de segundo eu vi alguém em uma pessoa. E aquilo me deixou com a pulga atrás da orelha. Porque, sei lá... Algumas coisas pareciam tão certas pra mim, tão bem definidas...
Mas um flash mínimo de passado me fez ter consciência de que ainda ficou um pouco daquilo que eu era. E eu tenho medo que isso seja uma brecha... Brecha pra que, exatamente, eu não sei... Mas bom, acabou me mostrando que eu preciso um pouco daquela antiga Sara que analisava tudo com um pouco de pessimismo como auto-defesa. Me senti esquisita justamente por enxergar que abri mão dessa auto-defesa emocional sem querer.
E ainda bem que eu percebi isso cedo. Porque, do jeito que as coisas estavam indo, até algumas horas, eu ia me jogar de cabeça em tanta coisa sem pensar duas vezes.

E do período de mudança eu tiro muita coisa boa. Mas preciso conservar o pé no chão.
Existem algumas coisas que não devem mudar tanto assim.

Porque, como diz minha filosofia de vida, se você abre mão do seu estepe, é bem nessa hora que você vai furar um pneu. (Murphy, para os íntimos).

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