26.2.11

fake plastic dreams

Era aquele mesmo olhar tímido. O receio parecia impedir a voz de sentir. Foi tudo como música. Não podia ser mais adequado aos dois, a nós. O abraço demorou a dar as caras, e o sorriso era tão tímido e ao mesmo tempo tão sincero, e falava tanto. Impressionante como o olhar parecia dizer mais que a música, isso era novidade. Surpreendia. Ficamos os dois numa contemplação musical única, olhos nos olhos, Chico cairia muito bem naquele momento.
Mas a música era nova, e a voz era a dele e falava no silêncio, e no silêncio eu sentia a música como se estivesse ouvindo sons daquele sorriso tímido e daquele olhar pelo canto do olho, e das mãos geladas falando umas às outras que a realidade jamais conseguiria reproduzir a intensidade etérea daquele sonho.
Despeço-me, I need you so much closer than this. Fica. Não posso. Não desperdice o pouco tempo que temos. Não quero tão pouco tempo. Eu também não, mas encare que é tudo o que temos. Não é o suficiente.
Então acorde, e viva na realidade de um mundo em que eu não te quero.


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