Pensar que “you can never get enough of what you don’t really need now” e se contentar com isso, e acreditar que tudo vai ficar bem, e esse tudo que vai ficar bem, na verdade, é o nada. E você desiste de pedir um sinal, algo que pode acender a intuição. E você não quer sinal nenhum. E você se contentou com o nada. E se contentou que não precisa de tudo.
E o olho reencontra o foco em algo peculiar que ultrapassa na auto estrada.
E o pensamento fica reverso. De trás pra frente. E pronto. Foi um sinal. E os fones de ouvido caem, depois ajeitam-se, e ativam a ordem aleatória. E abre-se uma gaveta na mente.
Totalmente desnecessário. Não existe razão em ficar acreditando que você quer algo que, no fundo, você não quer. E você não quer querer. Nem pode querer. Mas tem uma parte que quer. Tem uma parte que não deixa em paz. Tem sempre a parte que vai prender o nada numa jaula enquanto o tudo se aproveita de você.A mente dorme e acorda. Acordou querendo nada. Ufa.
E o dia-a-dia volta. E os olhos revêem a voz. Aquela voz. E aquela voz vê um sorriso tímido de quem não quer nada. Ou quer nada. Ou simplesmente não quer querer. E a voz tem aquela mesma expressão no olhar de meses atrás. E o medo… E a voz volta para seu mundo. Depois retorna ao meu. E retiro meu mundo da voz enquanto vejo pelo canto do olho a voz me pedindo pra não ir.
E meu mundo de tudo ou nada volta em forma de janela. Ufa. Quero nada. E fico feliz por querer nada.
Mas ele não deixa querer nada. Ele próprio quer nada e quer fazer querer tudo.
Tudo ou nada é vício. Não sei onde começa, onde acaba. Nem se começa, nem se acaba. Não sei se é possível acabar o que comecei, se comecei, e o que comecei.
Não decido.
Aliás, decido. Decido pelo “sei lá”.
E contento-me com minha essência paradoxal.
She’s raging, and the storm blows up in her eyes… She’ll suffer the needle chill.
She’s running to stand still.
vish... Você consegue se expressar de tal maneira que a minha humilde mente masculina não compreendeu lhufas do que você quis dizer. Tenho momentos históicos que me fazem perguntar: Por que pensar tanto pra decidir pelo Sei lá? heheheh! Realmente paradoxal.
ResponderExcluirContentar-se com seu estado antitético seria uma estagnação num modo Platônico de vista. De que adianta um ser saber que tudo o que vê não passa de uma mera ilusão e não fazer absolutamente nada para encontrar a Verdade, que não permite espaços para incertezas?
Espero não ter sido rude. Apenas reflita e se optar pelo Sei Lá, escreva de novo. Gosto muito de apreciar a manifestacão das poucas mentes pensantes existentes no mundo.
Beijos!
Existem certos momentos na vida em que não buscar a Verdade pode ser mais fácil e evitar um bocado de sofrimentos. E na maioria desses casos a Verdade acaba me encontrando sem mesmo ser procurada. Claro que isso tudo baseado nas minhas experiências.
ResponderExcluirE esse post é EXATAMENTE um desses momentos.
Tenha certeza de uma coisa, se eu nao tivesse optado pelo "sei lá", teria optado pelo "ou vai ou racha"... e nós dois sabemos que isso renderia muitos e muitos posts melancólicos e carregados de arrependimentos.
Pensar duas vezes antes de agir é muito útil.
Mas, às vezes, pensar muito e decidir não agir, é nobre.
Se minha mente essencialmente antitética não fosse tão preguiçosa, eu divagaria parágrafos intermináveis explicando meu ponto de vista sobre o "sei lá" em inúmeras coisas que acontecem na vida.
Mas creio que você já me entendeu.
Te admiro pra k7, homem.
Volte sempre.