12.3.12

Six colour pictures all in a row of a marigold

Sento no meio de toda essa bagunça de memórias e constatações que as vezes doem fundo. O que dizer das horas e horas de serenatas virtuais, e das músicas que desperdicei indiscriminadamente, e de todas essas lembranças insuportáveis que insistem em emergir quando tudo o que mais queria era que elas nunca tivessem tido oportunidade de sair do plano das ideias?
Tudo bem, já aprendi com isso tudo... Mas porque suas sobrancelhas tortas ainda me assombram quando fecho os olhos? Sinto-me assassina, sinto que tenho que pagar por tudo isso que causei, por todo aquele tempo em que tudo o que fazia era mentir pra mim mesma.
Por que agora? Por que justo agora que finalmente sinto que consegui muito mais do que sempre quis? Seria remorso? Culpa? Será que é proibido ser tão feliz assim?

Me permitam bani-las, malditas memórias! Me deixem viver de volta em paz, que esse peso sobre meus ombros é muito maior do que me permito carregar. Quero de volta meu sono tranquilo, minha mente quietinha e meus olhos descansados. Eu sou feliz agora, me deixa ser, me deixa estar. Vá logo pra longe dos meus pesadelos e de qualquer outra coisa que se passe no meu subconsciente.

Deixa comigo só a realidade, porque já sonhei demais.


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