4.11.11

perder...


incrível como algumas coisas simplesmente perdem o sentido. aquelas coisas que você achou que sempre quis… talvez nem queira mais.

talvez exista tanta coisa de que se pode abrir mão… tanta coisa que se pode, simplesmente, esquecer e deixar pra trás, fechar o arquivo e não mexer nele mais…

e o que dizer de todos os planos que você tinha feito pro resto da sua vida? sonhos, vontades, desejos, paixões platônicas, perspectivas, metas, objetivos…? quantos deles ainda fazem sentido? para pra pensar um pouco nos planos que você tinha em novembro do ano passado…

em novembro do ano passado, tudo que eu mais queria era me recompor, juntar todos os cacos e cola-los todos no lugar. queria me livrar de algumas coisas, queria dar valor a outras coisas, queria entender o passado, planejar o futuro.

2011 seria mais tranquilo que 2010. sem correr riscos, viver a vida tranquilamente, não fazer nada além do planejado. achava que já tinha arriscado demais minha integridade emocional pra sair me aventurando sem antes me recompor.
apesar de concordar com “the only pain is to feel nothing at all”, achava que precisava sentir nada. ter ninguém. dar um tempo a mim mesma.

e assim comecei o ano. e da mesma forma o ano já começou quebrando todos os meus planos. eu diria que o ano acabou sendo uma “electrical storm” (em vários sentidos)…
e assim as coisas foram perdendo sentido… os planos, o “modo de segurança”, o “piloto automático”, a vontade de me esconder dos sentimentos por algum tempo, aquilo que eu acreditava que fosse uma necessidade de me fechar pra balanço… aquilo acabou sendo a deixa perfeita pra colocar tudo de cabeça pra baixo.

perdi tudo pro universo. tudo que tinha planejado perdeu sentido. foi como se os planos do meu cronograma do resto da vida tivessem todas as datas mexidas. tanta coisa veio antes da hora, tanta coisa demorou pra vir, tanta coisa que era pra ter conseguido que não estão nem perto de chegar…
mas acho que foi bom ter perdido tanto. inclusive os últimos 2 meses, tão incomuns, tão fora do normal, tão naturais… estendendo um pouco para os últimos 7 meses, aprendi tanto… mudei tanto…

tanto que quase todos os planos que fiz em novembro do ano passado perderam razão, eu diria até que perderam lugar na minha vida.
já é novembro de 2011. não quis me recompor, simplesmente me reconstruí melhor. por que reconstruiria a mesma estrutura que sempre caía? desisti de entender o passado. só escolhi agir diferente. parei, finalmente, de querer planejar o que sentir. pra que controlar os sentimentos?

perdi maior parte de tudo que eu sempre quis… e parei de querer planejar o que querer…
e, no fim, de tudo que perdi, acho que, na verdade, acabei ganhando muito mais.

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