21.2.10

Percebi que escrevo melhor quando eu tenho algum desejo platônico.Venho sofrendo de uma falta tremenda de inspiração nos últimos meses...

Talvez seja porque eu, agora, sou da Unicamp e não tenho mais que reclamar de vestibular, ou que extravazar o stress da vida de vestibulanda... Talvez porque eu, finalmente, me encontrei em algum lugar no mundo, eu sei realmente onde é meu lugar... Talvez porque aqueles olhares foram além da troca de olhares e acabaram esmagando a outra paixão platônica que me dava ilusões escapistas. Talvez porque eu não tenho paixões platônicas ou qualquer outra coisa que se encaixe no inalcançável. Talvez seja porque eu vivia presa no passado, ou porque eu vivia pensando em planos para o futuro... ou talvez escrever tenha sido só uma fase da minha vida, algo que eu temo com todos os meus temores.

Hoje posso dizer que as trocas de olhares saíram da inércia, não preciso mais de uma fuga das minhas insatisfações amorosas. Mesmo porque não as tenho mais.
Posso dizer também que minha vida parece ter, finalmente, encontrado seu caminho... 2009 foi difícil, estressante, cansativo, me fez emagrecer uns 4kg, me causou esofagite e duodenite e sinusite e rinite e outros ites, e etc...
Mas apesar de várias noites de sono insuficiente por horas de choro, 2009 foi generoso.
Realizou sonhos de infância, me desencalhou (o que foi, praticamente, um milagre), me preparou pra passar no vestibular (é... 2010 vai levar o crédito)...
Mas, principalmente, foi o ano em que eu me conheci, me descobri, e finalmente entendi minha causa de ser quem eu sou, com minhas qualidades e meus defeitos.

E é justamente nas qualidades que se encaixa meu maior defeito: escrever mal, demais e menosprezadamente.

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