20.3.12

lucid dream

Me surpreendo por estar ali novamente. Era o nada e a chuva só fazia daquilo o próprio tudo. Parecia não haver atmosfera, só a gravidade atraindo a água que me cobria os pés...
Condeno-me por deixar um quê de dúvidas. Talvez não dúvidas, não tenho dúvidas... Talvez aquele restinho de quem eu era ainda tenha voz... De chão e água e nada mais além de mim, sinto que ainda falta.

De um lapso de conciência surge o eu impaciente e dele emergem medos concretizados em insensatez. E nada faltava. E tudo ainda era insuficiente. Mas tudo se fez essência, e da essência surgiu a certeza.

Certeza de que nada faltará enquanto formos nosso próprio tudo.

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